sábado, 31 de dezembro de 2011

Novas fotos do ensaio de Natalie Portman para Miss Dior

O trio mais famoso do cinema ataca novamente.

O trio mais famoso do cinema ataca novamente,Rob,Kris e Tay. Astros da Saga Crepúsculo possam para revista Entertariment Weekley  em um ensaio sensual para promover o quarto longa da Saga Crepúsculo Amanhecer parte I





    

Novo perfume da Dior,trás a estrela Natalie Portman como garota propaganda

Natalie é a garota propaganda do novo perfume da Dior,linda como sempre a atriz foi clicada em várias posses para promover Miss Dior o mais rescente lançamento da marca.


 

domingo, 18 de dezembro de 2011

Natalie Portman e a sua ascensão em Cisne Negro

Natalie Portamn nome artístico de Natalie Hershlag (nasceu em Jerusalem, Israel dia 9 de junho de 1981 - ) é uma atriz israelense.
 Começou nos cinemas aos 10 anos em O Profissional, de Luc Besson, mas a atenção se dirigiu a ela quando assumiu a emblemática Padmé na saga de George Lucas - Star Wars. Com a direção de Mike Nichols, em Closer, atingiu um nível bem simpático com a stripper misteriosa e divertida Alice Aires, e a partir daí ela sempre surpreende com ótimos resultados. O que parece interessante é a seleção de roteiros que se alinham perfeitamente à sua personalidade carismática e de atitude: ela é vegetariana desde os 8 anos (momento Contigo!).

Natalie Portman ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz por sua brilhante performance em Cisne Negro (Black Swan), do sensível diretor Darren Aronofsky (também de Harvard), e promete ainda ganhar o Oscar. O Lago dos Cisnes é apresentado em linguagem cinematográfica com um roteiro atual. Revela a fábula da princesa cisne e de sua irmã gêmea perversa que seduz o príncipe amado. O papel é interpretado pela meiga bailarina Nina Sayers que inicia uma disputa contra seus próprios conceitos e limitações em busca da vilania da história que dançará. No processo de construção do personagem, a dançarina enfrenta um denso drama psicológico que não poderia ser interpretado de tal forma grandiosa se não fosse por uma psicóloga de Harvard. O nível de pureza do Ballet é traduzido lindamente entre a fantasia e a realidade urbana selvagem.
 Natalie Portaman,além de interpretar brilhantemente o papel de Nina, soube usar o seu talento com a dança, e os seus conhecimentos em psicologia.
A atriz dança desde pequena e é formada em Psicologia por uma das Universidades mais conceituadas dos Estados Unidos a Harvard.


Tradução de Turning Page '' Página virada ''

 

 Virando a Página

Eu esperei uma centena de anos
Mas eu esperaria mais um milhão para você
Nada me preparou para o privilégio de ser seu
Se eu tivesse sentido o calor em seu toque
Se eu tivesse visto como você sorri quando você cora
Ou como você enrola seu lábio quando se concentra o suficiente
Eu saberia pelo que eu estava vivendo
Pelo que eu estava vivendo

Seu amor é minha página de viragem
Apenas as palavras mais doces permanecem

Cada beijo é uma linha cursiva
Cada toque é uma frase redefinida
Eu rendo quem eu tenho sido para quem você é
Nada me faz mais forte do que seu coração frágil
Se eu tivesse sentido como é ser seu
Eu saberia pelo que eu estava vivendo por tanto tempo
Eu saberia pelo que eu estava vivendo

Estamos presos à história, devemos dizer
Quando eu vi você, bem, eu sabia que iria contá-la bem
Com o sussurro que vai domar as cenas viciosas
Como uma pena trazendo reinos aos joelhos deles

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O ator Rodrigo Santoro pode viver Ayrton Senna nas telonas

O ator Rodrigo Santoro pode dar vida ao maior piloto brasileiro de Fórmula 1 que já existiu, Airton Senna (falecido em Maio de 1994). O nome do ator é o mais cotado para viver Senna.
O ator, que está atualmente gravando ao lado de Jennifer Lopez a comédia romântica O Que Esperar Quando Você Está Esperando, está conversando com os irmãos Caio e Fabiano Gullane sobre a possibilidade de viver Senna. A intenção é que o projeto se torne um sucesso internacional e reúna outras produtoras associadas à Gullane Filmes.



Imortal tricolar faz novas contratações para 2012

Além da contratação do gladiador Kleber, o tricolor gaúcho acaba de anunciar a contratação do atacante boliviano Marcelo Moreno,que atuou rescentemente pelo Cruzeiro neste brasileirão.
 O jogador foi negociado por seis milhões de euros (R$ 14,5 milhões) e o Grêmio terá direito a 70% dos direitos federativos do atacante. Na prática, contudo, apenas 2,5 milhões de euros (R$ 6 milhões) sairão dos cofres do Olímpico. Na negociação, o Shakhtar receberá 15% dos direitos econômicos do meia Douglas Costa.
Esta é mais uma aposta do tricolor para o ano de 2012.


 


 Ficha do jogador:
Nome: Marcelo Moreno Martins
Nascimento: 18 de junho de 1987 (24 anos)
Local: Santa Cruz de la Sierra, Bolívia
Altura: 1.87 m
Clubes: Vitória, Cruzeiro, Shakhtar Donetsk, Werder Bremen e Wigan.

Adele bate todos os recordes no Reino Unido

A cantora inglesa Adele, bate  mais um recorde na sua carreira o seu segundo albúm intitulado 21 tornou -se o mais vendido do século  no Reino Unido, segundo informações da Official Charts Company, instituto que realiza pesquisas na Inglaterra.
 O disco, lançado em janeiro de 2011, vendeu cerca de 3,4 milhões de cópias e superou a marca de Back To Black, de Amy Winehouse, que, há três meses, bateu 3,3 milhões de unidades vendidas.
Na comparação com Amy Winehouse, o fenômeno Adele fica ainda mais evidente: Back to Black demorou cinco anos para alcançar o recorde, que Adele fez em 10 meses. E não é só no Reino Unido. 21 foi o álbum mais vendido deste ano no mundo todo.

sábado, 3 de dezembro de 2011

O amor de Bella e Edward em Amanhecer



" - Não tenha medo - murmurei.
- Nós pertencemos um ao outro.
De repente fui dominada pela verdade de minhas palavras.
Aquele momento era tão perfeito,tão certo,
que não havia dúvida.
Seus braços me envolveram,apertando-me contra ele (...)
Eu tinha a sensação de que cada terminação nervosa do meu corpo
era um fio desencapado.
- Para sempre - concordou ele.''


A hora e a vez de Amanhecer

Bella Swan (Kristen Stewart) e Edward Cullen (Robert Pattinson) enfim se casam, em cerimônia com a presença de amigos e familiares. O casal resolve passar a lua de mel no Rio de Janeiro e, logo em seguida, Bella engravida. O que eles não esperavam era que a gravidez seria tão complicada, colocando em risco a vida do bebê e da própria mãe.

Dica de filme: A árvore da vida

Boa parte do filme se passa nos anos 50. A trama gira em torno do casal O'Brien e seus três filhos. Jack (Sean Penn) é o irmão mais velho e, no começo da trama, está vivendo uma feliz e inocente infância com seus 11 anos. Tudo muda quando um dos irmãos morre e a família entra em desespero. A história passa então a mostrar a transformação do garoto Jack em um adulto perdido no mundo moderno e em constante busca pelo sentido da vida.

Dica de filme: A pele que hábito

Richard Ledgard (Antonio Bandeiras) é um cirurgião plástico que, após a morte da sua mulher num acidente de carro, se interessa pela criação de uma pele com a qual poderia tê-la salvo. Doze anos depois, ele consegue cultivar esta pele em laboratório, aproveitando os avanços da ciência e atravessando campos proibidos como os da transgênese com seres humanos. No entanto, este não será o único delito que o cirurgião irá cometer.

Preparação para o vestibular


Edição do dia 30/08/2011
30/08/2011 13h17 - Atualizado em 30/08/2011 14h53
Escolha da carreira estressa mais os estudantes do que o vestibular
Pesquisadoras da Unicamp constataram, em laboratório, altos níveis de hormônio do estresse em estudantes na fase pré-vestibular.

Mais difícil do que a prova do vestibular é decidir o futuro profissional. “A cobrança começa em casa por parte dos pais que falam: “decida o que você quer fazer da vida, escolhe a faculdade que você quer”, diz Cleiton Monteiro da Silva, estudante.
“Eu me cobro muito, e o ano passado eu não passei, então o estresse dobra”, declara Aline de Andrade Lourenço, estudante.
Por isso, pesquisadoras da Unicamp, avaliaram em laboratório os níveis de hormônio do estresse em estudantes na fase pré-vestibular e constataram: “Identificamos que num primeiro momento, a população apresenta um índice de estresse nos meses em que ele decide a carreira a prestar ou decide a universidade que vai prestar, que é esse mês de setembro”, afirma Dora Maria Grassi Kassisse, pesquisadora - Unicamp.
No momento da decisão, o cérebro libera adrenalina e aumenta o nível de cortisol: hormônio que desencadeia o estresse. Os primeiros sinais de que algo está errado aparecem no humor e na capacidade de atenção do estudante.
“Ele pode ter o efeito do branco, ou quando ele identifica uma nota, que ele estava esperando um oito e meio, e tira sete, ele fica extremamente irritado com isso e pode chorar por 24 horas seguidas”, exemplifica a pesquisadora.
A pesquisa comprova que uma boa massagem pode amenizar o problema. As sessões devem começar em setembro e seguir no mínimo duas vezes por semana até o vestibular.
Para ter o resultado, é importante que o relaxamento envolva o corpo inteiro. “Os alunos tratados tiveram uma queda do índice de cortisol, mas eles mantiveram o estado de alerta e na hora da prova eles conseguiram ter o controle dessa ansiedade. Os alunos não tratados tiveram os índices de cortisol muito alto no dia da prova”, afirma a pesquisadora.
Além de reduzir o hormônio do estresse, as pesquisadoras constataram que a massagem interferiu também na memória e na capacidade de aprendizagem dos estudantes. No dia da prova, os voluntários que fizeram a terapia tiveram um índice de aprovação bem maior do que os outros.
Maria Cecília lembra bem das dificuldades que enfrentou antes do tratamento.
“A mão suava, eu não conseguia pegar o lápis, me sentia bem tensa e a perda de concentração que atrapalha bastante”, conta Maria Cecília Penteado, estudante biologia. Depois das massagens, ela fala com orgulho o resultado: “Eu faço biologia na Unicamp”.
A fisioterapeuta e pesquisadora, Heloísa Ferreira, explica outros detalhes da pesquisa:
Certo nível de estresse é benéfico ao desempenho e à sobrevivência, mas a constante ou inadequada resposta de estresse pode trazer sérios riscos à saúde e prejudicar o desempenho.
Estudos com vestibulandos justificam-se pela alta concentração de cortisol encontrada em amostras de saliva coletadas nos meses em que são feitas as inscrições e nos dias dos exames vestibulares.
Este trabalho propõe não somente avaliar os índices de estresse, mas também uma alternativa de abordagem terapêutica não medicamentosa para reduzir os índices de estresse no período que antecede o vestibular e, com isso, melhorar o desempenho nas provas.
Em um primeiro estudo, o índice de estresse percebido foi avaliado em estudantes matriculados em um curso pré-vestibular, nos meses de março, setembro e novembro utilizando-se o Questionário de Estresse em Adolescentes (QEA). Os escores obtidos no QEA foram mais baixos em março do que em setembro e novembro, maior nas meninas que nos meninos e ainda diferentes entre os turnos matutino, vespertino e noturno. No estudo 2 uma mostra de 32 voluntários foi submetida à terapia manual de mobilização muscular e da fáscia, em duas sessões semanais, de 40 minutos, de setembro a novembro.
Outro grupo não recebeu o tratamento. O índice de estresse percebido foi avaliado em setembro e, juntamente com a memória declarativa de curto e longo prazo, também na semana que antecedeu o exame vestibular. A concentração salivar de cortisol foi determinada em setembro e no dia do exame.
Vestibulandos tratados não apresentaram aumento da concentração salivar de cortisol momentos antes da prova, ao contrário do que ocorreu com aqueles do grupo controle; apresentaram também menor escore no QEA, melhor desempenho nos testes de memória, e maior índice de aprovação na primeira fase do vestibular.
Concluímos que a intervenção fisioterapêutica aplicada foi eficiente em reduzir o índice de estresse dos vestibulandos e resultou em melhor desempenho no exame.

Orientação vocacional

Edição do dia 22/09/2011
22/09/2011 14h35 - Atualizado em 22/09/2011 14h38
Cinco perguntas podem ajudar na escolha da profissão com segurança
Quem está neste dilema deve se qustionar sobre objetivos, gostos e saber que nenhuma escolha é definitiva.
Carla Modena São Paulo


A todo momento surge uma carreira nova. Só a Fuvest, em São Paulo, oferece mais de cem cursos. Isso é bom, mas também deixa os jovens muito indecisos. O que levar em conta na hora de decidir a profissão? O salário, as habilidades ou o tipo da profissão? A especialista em desenvolvimento estudantil, Gizele Laranjeira Sepulvida, diz que quem está nesse dilema deve fazer algumas perguntas a si mesmo.
- Quem você quer ser daqui a alguns anos? - "É importante se questionar: 'quem eu quero me transformar, o que eu quero ser'. Hoje ter um diploma de uma profissão é uma coisa, ser um profissional é totalmente diferente", explica Gizele.
Acompanhe o Jornal Hoje também pelo twitter e pelo facebook.

- As disciplinas preferidas indicam a melhor área? - Os especialistas dizem que nota boa em uma disciplina nem sempre é sinal de vocação para determinada área. “Ele tem que prestar atenção se tem influência de professor, se gosta mais do professor do que da disciplina", alerta a especialista.
- Só as habilidades naturais definem a escolha? - Só se forem habilidades artísticas. “Nas outras áreas nós vemos que há uma possibilidade de desenvolver as habilidades", afirma Yvette Piha Lehman, coordenadora do Serviço de Orientação Vocacional da USP.
saiba mais
- Deve-se levar em conta a tradição profissional da família? - Para a coordenadora, "ele tem um modelo, está incluído, gosta, mas o mais importante é saber que mesmo escolhendo a carreira é dos pais, a história com essa carreira é única e dele".
- É correto achar que só há a escolha é definitiva? - "Não precisa ser pra vida toda, porque as coisas mudam, tudo muda. A carreira também é instável, tudo vai acontecer de acordo com a experiência que o jovem vai adquiri", diz Gizele.
Essas dúvidas em relação à escolha da profissão atormentam mais da metade dos alunos que estão terminando o ensino médio. E pior, muitas vezes, já na faculdade, o jovem descobre que não tem afinidade com a profissão. É o começa de outro dilema com a dúvida se é melhor desistir e partir para outra ou terminar aquele curso e depois pensar em alguma coisa. "Se é no primeiro ano, que não se permitiu escolher, desista que você não perde nada. Se estiver no quinto ano, ele pode concluir e em vez de recomeçar, ele vai pra um curso de especialização, de pós graduação. Ele não precisa fazer outra faculdade", opina Yvette Piha Lehman.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Profissões do Futuro

Reportagem / profissões

Profissões do futuro

Quer ter trabalho garantido em 2020? pesquisamos novas e inusitadas carreiras que irão bombar lá na frente. mas tem que começar a estudar agora

Gabriela Portilho


Alexandre Affonso
crédito: Alexandre Affonso
Há menos de duas décadas você não tinha pensado em consultar um webdesigner ou fazer um curso à distância vendo as aulas no computador. Se a tecnologia elimina alguns postos de trabalho, ela também cria novas profissões. O consenso entre futurólogos é que estamos entrando em uma era de confiança na ciência como nunca vivemos e, por isso, em alguns anos sua profissão não vai mais existir nos moldes de hoje. Para traçar esse futuro, o governo britânico encomendou ao grupo Fast Future a pesquisa The Shape of Jobs to Come (A forma dos empregos que virão, em português), um estudo com 486 participantes de 58 países em 6 continentes para elencar quais seriam as profissões dominantes nos próximos 20 anos. Essas mudanças são projetadas sobre o que já está acontecendo hoje: urbanização intensa, aumento populacional e do número de idosos, popularização da ciência ajudam a definir para onde irá o mercado de trabalho nas próximas décadas.

Segundo a pesquisa, uma das áreas que vai gerar mais empregos até 2030 será consultoria de bem-estar para idosos (veja na página 80), profissionais capazes de articular diversas áreas da saúde para ajudar os velhinhos do futuro a viver melhor. Aliás, no mundo das novas profissões, articulador virou palavra-chave. Aqueles que souberem unir diferentes áreas do conhecimento para gerar novos serviços, passam a valer ouro. Por isso é que vale cursar diferentes graduações ou seguir especializações dentro de uma mesma área. O especialista em Direito Digital Eduardo Kruel é um dos raros profissionais na área no Brasil.

Seu diferencial dentro da profissão aconteceu, principalmente, pela dupla formação. “Antes de partir para o curso de direito, eu já tinha a graduação em tecnologia da informação.”

O Brasil está em posição privilegiada nesse cenário. Deve se firmar como um dos maiores poderes científicos mundiais por volta de 2025, se continuar seguindo a política de investimentos em pesquisas e colaboração internacional, diz um estudo de outra consultoria britânica, a Sigma Scan. Para se ter uma ideia, o número de cientistas formados dentro do país cresceu oito vezes nos últimos 15 anos. Já as carreiras que envolvam vendas e atendimento tendem a desaparecer. “Os serviços de e-commerce vão acabar com muitos postos locais. Logo mais, as livrarias serão apenas um local de encontros, já que a venda de livros online já supera o comércio nas lojas”, diz Michael T. Robinson, diretor da Career Planner, uma das maiores empresas americanas de aconselhamento profissional.

Mas então, o futuro é quase a realização de um episódio dos Jetsons, em que muitas das funções vão ser exercidas por robôs? Para o futurólogo britânico e autor do livro You Tomorrow, Ian Pearson, haverá espaço para o humano, especialmente nas artes. “Profissões de cuidados humanos ou artes não tendem a desaparecer. Quando queremos contato humano, não é só uma questão de performance ou eficiência. Às vezes é puramente uma questão de empatia. Precisamos saber que a outra pessoa pode nos compreender e se colocar em nosso lugar. Isso, só um outro humano pode fazer.”




 HÁ VAGAS
De fazendeiros verticais a guias turísticos espaciais e fiscais de modificações climáticas, 11 profissões na área de ciência, saúde, sustentabilidade e tecnologia que devem aparecer e ganhar importância nos próximos 20 anos.





 Guia Turístico do Espaço

Alexandre Affonso
crédito: Alexandre Affonso
O QUE É | Com a largada dos primeiros voos turísticos comerciais no espaço, prevista para 2015, surge um novo posto de trabalho, o de guia espacial. Ele precisará ter noções de segurança em órbita e também de entretenimento, capacidade de comunicação, além de ser um bom contador de histórias, como os guias tradicionais.

POR QUE VAI BOMBAR | A proposta da empresa Virgin Galactic é de se tornar a primeira linha aérea comercial a levar passageiros para o espaço ao custo de US$ 100 mil por 2 horas de entretenimento espacial. A companhia já tem seus primeiros voos em baixas órbitas previstos para 2015 e pelo menos 450 nomes na lista de espera. A Space Adventures, agência que, em parceria com a Nasa, já levou 7 turistas para o espaço, estima que por volta de 2020 aproximadamente 140 pessoas já terão entrado em órbita ao menos uma vez.

QUANDO VAI ROLAR | Os primeiros voos vão durar no máximo duas horas. Só daqui alguns anos é que os voos vão mesmo se estender para órbitas mais distantes, até bases na Lua ou outros planetas. O salário será a partir dos US$ 65 mil por ano.

COMO SE PREPARAR | Os interessados devem ter conhecimentos de cosmologia, astronomia, ciências espaciais, geografia, história e geologia. A empresa russa Country of Tourism oferece um treinamento de 10 dias no Centro Gagarin que dá uma base de conhecimentos espaciais para que os interessados decidam qual rumo tomar.





 Lixólogo

Alexandre Affonso
crédito: Alexandre Affonso
O QUE É | O lixólogo, também chamado gestor de resíduos, será o profissional especializado em propor soluções para os detritos do meio urbano, não só das empresas, transformando-os em fontes energéticas que gerem gás e outras formas limpas de energia.

POR QUE VAI BOMBAR | Só para se ter uma ideia, o volume de lixo produzido no mundo aumentou três vezes mais do que a população nos últimos 30 anos. Além disso, o aumento da qualidade de vida implica em consumo maior e aumento da montanha de lixo no planeta. Os salários para o gestor de resíduos nas empresas ficam entre R$ 10 mil e R$ 14 mil.

QUANDO VAI ROLAR | Pelo aumento de produção de lixo no mundo, a solução é para ontem. Já existem cursos na área de gerenciamento de resíduos e energia limpa no Brasil — os formados costumam ser contratados por empresas que precisam cuidar de seus detritos. O mercado em indústrias químicas e de saneamento também tende a se expandir.

COMO SE PREPARAR | Já existem cursos de pós-graduação para gestão de resíduos, mas ainda não temos no Brasil cursos de graduação na área. O caminho mais fácil para quem quer trabalhar como lixólogo é a graduação em engenharia ambiental ou química e uma especialização nos cursos de pós-graduação focada em gestão de resíduos.





 Fazendeiro Vertical

Alexandre Affonso
crédito: Alexandre Affonso
O QUE É | As fazendas verticais serão edifícios urbanos destinados à produção de hortifrutigranjeiros e os fazendeiros do futuro irão misturar planejamento urbano com agronomia. “Um prédio de 30 andares poderá produzir alimentos para cerca de 10 mil pessoas por mês e comportar também animais de pequeno e médio porte”, diz o arquiteto Rafael Grinberg Costa, que está trabalhando no projeto de revitalização de edifícios abandonados em São Paulo. “Poderemos comer alimentos mais saudáveis e dos quais sabemos exatamente a procedência.”

POR QUE VAI BOMBAR | Alimentar a população de quase 9,1 bilhões de habitantes, prevista para os próximos 40 anos, será insustentável. Isso vai representar cerca de 1 bilhão de hectares de terra a mais para o cultivo de alimentos, segundo a ONU. “Além dos problemas de devastação e contaminação do solo, o transporte de alimentos até a cidade representa um grande problema”, diz Jean Ometto, pesquisador do Inpe.

QUANDO VAI ROLAR | Segundo o centro de pesquisas britânico Fast Future, as fazendas verticais serão realidade já em 2015. No Brasil, onde não faltam terras para cultivo, o projeto tende a levar mais tempo a ser implantado.

COMO SE PREPARAR | Não há um curso específico para se tornar fazendeiro vertical, mas será necessária uma forte base em agronomia, conhecimentos de engenharia, arquitetura e urbanismo, todos cursos já existentes no Brasil.





 Fiscal de mudanças climáticas

Alexandre Affonso
crédito: Alexandre Affonso
O QUE É | Na previsão dos futurólogos, até o clima será espaço para disputas políticas. É aí que entra o fiscal de alterações climáticas, que irá monitorar empresas ou órgãos governamentais que tiverem permissão para fazer alterações meteorológicas. Seria também função dele conceder licenças para intervenções nos padrões climáticos e evitar ataques terroristas químicos na atmosfera, por exemplo.

POR QUE VAI APARECER | “Esse tipo de prática nem poderá ter efeitos ambientais nocivos”, diz Jean Ometto, pesquisador do Inpe, sobre a necessidade de se acompanhar as intervenções ambientais.

QUANDO VAI ROLAR | Segundo a Fast Future, os primeiros da área devem aparecer por volta de 2020. Tudo depende do futuro climático. Mas na China já existem camponeses recrutados pelo governo para ajudar a produzir chuvas em áreas secas.

COMO SE PREPARAR | Profissão que está apenas na previsões, os fiscais ainda não chegaram aos meios acadêmicos. Um ponto de partida seriam cursos de meteorologia ou gestão ambiental, mais noções de legislação na área.





 Perito Forense Digital

Alexandre Affonso
crédito: Alexandre Affonso
O QUE É | Uma mistura de geek com Sherlock Holmes, o perito busca evidências digitais diante das acusações de ataques a servidores e contas bancárias, roubo de dados, pedofilia e outros crimes na rede. Os peritos também se ocupam de encontrar provas para crimes offline. “Eles deixam vestígios mais rápido na internet que fora dela”, diz o especialista em direito digital, Eduardo Kruel.

POR QUE VAI BOMBAR | Só no Brasil, são registrados 77 mil crimes cibernéticos por dia, segundo pesquisa da Norton. O país tem 40 milhões de usuários de internet, a oitava população cibernética do mundo, segundo a consultoria comScore. “A área está só começando no Brasil, são poucos os profissionais realmente gabaritados”, diz o perito federal criminal Pedro Eleutério, autor do livro Desvendando a Computação Forense.

QUANDO VAI ROLAR | A profissão já existe, mas vai crescer com o aumento do uso de serviços de e-commerce, transações bancárias virtuais e o alcance da rede de computadores no país. Os concursos da Polícia Federal para preenchimento dos cargos de peritos digitais ficam em torno dos 100 candidatos por vaga. Exigem curso superior em ciência da computação e os salários podem chegar aos R$ 14 mil.

COMO SE PREPARAR | Até bem pouco tempo, os peritos digitais eram quase autodidatas que manjavam de sistemas de computação. Hoje, o ramo está se especializando cada vez mais. O perito tem mesmo que ser um geek, mas também ter uma boa base de direito. Além dos cursos profissionalizantes, a profissão já tem respaldo no meio acadêmico também. A FIAP e a Universidade Anhembi Morumbi, por exemplo, têm seus cursos de pós-graduação em gestão de segurança da informação. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) também já tem um núcleo de estudos em segurança digital.





 Consultor de bem-estar na velhice

Alexandre Affonso
crédito: Alexandre Affonso
O QUE É | Profissional da área de saúde disposto a construir pontes entre os pacientes da 3ª idade e os serviços que podem trazer a eles melhor qualidade de vida. Os cuidados envolvem o contato com médicos, questões de moradia, treinamento esportivo e até de aconselhamento financeiro.

POR QUE VAI BOMBAR | De acordo com projeções da ONU, idosos serão 19% da população em 2050. Por isso, novas doenças crônicas surgem, aumenta o uso de medicamentos e exames. A telemedicina, a transmissão digital de informações médicas, vai possibillitar gerenciar à distância a saúde do paciente e dar melhor atendimento aos idosos. Para Chao Lung Wen, presidente do Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde, esses estrategistas irão também acompanhar deficientes físicos.

QUANDO VAI ROLAR | Na Europa, esse profissional já é uma realidade e a tendência deve aparecer por aqui em alguns anos, já que a população idosa aumenta. O consultor de bem-estar pode atuar como autônomo ou ser um associado dos sistemas de saúde.

COMO SE PREPARAR? | É mais um articulador, por isso sua formação pode ser em qualquer ramo da saúde. O importante é que ele tenha conhecimentos das outras áreas. A Faculdade de Medicina da USP já estuda criar um curso de pós-graduação com esse fim.





 Nanomédico

Alexandre Affonso
crédito: Alexandre Affonso
O QUE É | Vai ser o profissional responsável pela utilização de nanorrobôs e nanopartículas para curar, diagnosticar e prevenir doenças. Poderão atuar em pesquisas, atendimento em consultórios e diagnósticos.

POR QUE VAI BOMBAR | A nanomedicina vai desde a reparação de tecidos até as práticas de terapia genética. “É uma das grandes áreas do futuro: aumenta a efetividade da cura e aproveita melhor os recursos de saúde”, diz Chao Lung Wen, presidente do Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde.

QUANDO VAI ROLAR | Só entraremos em contato com os primeiros nanomédicos por volta de 2025. Mesmo assim, estudos avançam na área. Cientistas da Universidade da Califórnia já estão utilizando técnicas de nanotecnologia para construir “navios cargueiros” de nanômetros que flutuam pela corrente sanguínea a fim de identificar tipos de câncer. A complexidade da formação a coloca entre as profissões mais bem pagas do futuro, segundo a Fast Future.

COMO SE PREPARAR | Será necessário entender de química, biologia, robótica e medicina, claro. No Brasil já se pesquisa a aplicação da nanotecnologia na área médica, mas cursos de graduação ainda estão longe de acontecer. A Universidade de Londres tem um centro de estudos no assunto.





 Bioinformacionista

Alexandre Affonso
crédito: Alexandre Affonso
O QUE É | É o profissional que vai casar informação genética com o desenvolvimento de drogas e técnicas clínicas. Será o responsável também por mapeamentos genéticos para a prevenção de doenças. Mas o uso da bioinformação tem limites mais amplos. A professora da Faculdade de Medicina da USP, Gilka Gattás, por exemplo, usou recursos da área para coordenar um projeto de localização de desaparecidos cruzando amostras de DNA.

POR QUE VAI BOMBAR | Além da identificação precoce de doenças, o bioinformacionista pode cuidar do sequenciamento genético de plantas para empresas de alimentos transgênicos.

QUANDO VAI ROLAR | Hoje os profissionais estão concentrados no universo acadêmico. De acordo com o ProFuturo, núcleo de estudos da FIA, por volta de 2020 eles serão comuns em hospitais e em clínicas de diagnóstico. Terão ainda um papel na indústria farmacêutica, já que os medicamentos serão feitos de acordo com os genes do paciente.

COMO SE PREPARAR | No Brasil, os estudos estão restritos aos cursos de pós-graduação. A profissão mistura área biológica — medicina, bioquímica, biologia molecular —, e de exatas, especificamente ciências da computação. “O profissional ligado à área digital de sequenciamento de genoma tende a vir dos cursos de ciências da computação”, diz João Batista do Espírito Santo, coordenador do curso de Ciências de Computação da USP.





Modeladores de órgãos

Alexandre Affonso
crédito: Alexandre Affonso
O QUE É | Por conta dos avanços na área de biotecidos, robótica e polímeros, já começa a ser possível a criação de órgãos para reposição ou membros de alta performance. O público iria de atletas do futuro a soldados mutilados em combates.

POR QUE VAI BOMBAR | A aplicação da modelagem e reconstrução de órgãos é abrangente: vai da criação de pele artificial para queimados ou para pesquisas na indústria farmacêutica à construção de órgãos mais complexos para transplantes. No Brasil, são quase 70 mil pessoas na fila de espera para receber órgãos novos. A possibilidade de construí-los em laboratórios mudaria esse quadro e poderia resolver deficiências físicas.

QUANDO VAI ROLAR | Os primeiros avanços para a formação deste profissional estão previstos para 2020. Por enquanto, alguns pesquisadores em universidades e centros de estudos se dedicam a essa área, mas ainda produzem em pequena escala. Por aqui, o pesquisador Marcus Castro Ferreira, da Faculdade de Medicina da USP, estuda o desenvolvimento de peles artificiais in vitro. E um laboratório alemão que começou a produzir tecido cutâneo para pesquisa na indústria farmacêutica e para transplantes tem planos de instalar uma filial no país.

COMO SE PREPARAR | No Brasil não existe ainda um curso de graduação específico na área. Mas o futuro modelador de órgãos humanos poderá atuar em diferentes áreas. Ele pode desenvolver, por exemplo, seu trabalho em ciências da computação. Assim ficaria responsável pelos projetos de modelagem de órgãos que envolvessem mapeamentos genéticos. Ou poderia atuar em projetos e simulações de tecidos. Esse profissional pode ainda atuar na área médica e trabalhar com desenvolvimento clínico — é ele quem vai garantir a integração do novo tecido ao organismo receptor. O ideal seria um profissional com base forte nessas duas áreas. No Brasil, existem cursos de pós-graduação na área de biomodelagem de tecidos, mas é importante completar essa formação com conhecimentos em tecnologia para os processos de modelagem virtual




 Sobe e desce
Perguntamos para os consultores quais das profissões que existem hoje entram e saem de cena no futuro. Confira o voto dos futurólogos.


 SOBE
Professor de mandarim
Com a China se assumindo como a segunda maior economia do planeta, não tenha dúvidas que, pelo menos no mundo dos negócios, o mandarim vai se tornar palavra de ordem — e os falantes da língua podem se dar bem nessa.

Enfermeiras
Com o envelhecimento populacional e aumento da expectativa de vida, os serviços de enfermagem em domicílio têm crescido imensamente nas cidades e continuarão em alta nos próximos anos.

Massagista
Em meio à vida cada vez mais caótica nas cidades, ainda não foi encontrado o robô que saiba fazer uma boa massagem. “Não à toa, hoje vivemos um boom de terapeutas e massagistas”, diz o consultor Michael Robinson do site Career Planning.


 DESCE
Caixa de banco
Com o dinheiro cada vez mais eletrônico e processos automatizados mesmo para procedimentos de reconhecimento, como identificação biométrica, vai ser cada vez mais difícil encontrar caixas nos guichês.

Atendentes de telemarketing
O atendimento via máquinas que imitam um atendente simpático já faz parte da realidade. Por meio de inteligência artificial, os robôs saberão identificar os problemas e propor soluções, colocando fim ao serviços de atendentes.

Metalúrgicos
Os que não forem substituídos pela atividade robótica provavelmente estarão localizados em países de mão de obra barata como hoje já acontece com Índia e China. No futuro, talvez a bola da vez seja o Vietnã.

Recepcionistas
Algumas empresas, como a Microsoft, já estudam a instalação de recepcionistas virtuais na entrada dos seus edifícios. “Ao automatizar a rotina, nós humanizamos as pessoas e deixamos que as máquinas façam o que cabe a elas”, diz o futurólogo Ian Pearson.

Discurso memoravél do inesquesível Steve Jobs

Divirta-se:
Você tem que encontrar o que você ama
Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.
A primeira história é sobre ligar os pontos.
Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais 18 meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei? Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina.
Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: “Apareceu um garoto. Vocês o querem?” Eles disseram: “É claro.”
Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade. E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de seis meses, eu não podia ver valor naquilo.
Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu, gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria ok.
Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes. Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo.
Muito do que descobri naquela época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço. Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.
Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse.
Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.
De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.
Minha segunda história é sobre amor e perda.
Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação — o Macintosh — e eu tinha 30 anos.
E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses.
Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale [do Silício].
Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo. Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa.
A Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple.
E Lorene e eu temos uma família maravilhosa. Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple.
Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama.
Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz.
Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.
Minha terceira história é sobre morte.
Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: “Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último.” Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: “Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?” E se a resposta é “não” por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.
Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração.
Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.
Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas.
Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de três a seis semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas — que é o código dos médicos para “preparar para morrer”. Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus.
Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem.
Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá.
Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.
O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém.
Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas.
Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior.
E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.
Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid.
Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes de o Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês.
Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras:
“Continue com fome, continue bobo.”
Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.
Obrigado.